quinta-feira, 25 de junho de 2009

Os bebês nascem sabendo nadar?


Se você colocar um bebê na água de uma piscina e ele começar a fazer movimentos característicos de natação, não pense que tem na família um novo e precoce campeão da modalidade.
Mesmo que aparentem ter habilidade com a água, os bebês não nascem sabendo nadar e, por isso, não podem ficar na água sem a companhia de um adulto, conforme a pediatra e professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Ufcspa), Lina Aparecida Zardo. A explicação para os movimentos de braços e pernas quando se põe um bebê na água são os nove meses de gestação no útero, quando o feto se desenvolve dentro de um líquido, que faz o contato entre o seu corpo e o órgão da mãe.

"Na gestação, o feto se movimenta muito, o que cria uma certa habilidade dentro da água", afirma a especialista.

A desenvoltura, no entanto, é apenas aparente. Os movimentos do bebê são muito mais fruto de reflexos do que resultado de uma coordenação motora suficiente para se manter e se movimentar sozinho na água. "É uma movimentação espontânea, mas não controlada", diz Lina.

Além disso, os bebês não nascem com força suficiente para erguer a cabeça para fora da água, nem com capacidade para controlar a respiração de forma consciente. Mesmo porque o uso do aparelho respiratório inicia apenas depois do nascimento. Na gestação, todo o oxigênio do bebê é obtido por meio do cordão umbilical.

A capacidade de nadar sozinho normalmente vem somente depois dos quatro ou cinco anos de idade, segundo a professora. É a partir dessa fase que as crianças tornam-se aptas a equilibrar a cabeça, coordenar os movimentos de corpo e respirar corretamente. "Neste momento eles podem ter essa habilidade consciente adquirida com treinamento", destaca.

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