quinta-feira, 25 de junho de 2009

Como é calculada a idade dos fósseis?

Com alguma freqüência, vemos na imprensa notícias que falam sobre a descoberta de um fóssil de milhares ou milhões de anos. São descobertas extremamente importantes para a ciência, mas você já parou para se perguntar como é possível calcular a idade de um fóssil?
Segundo Rualdo Menegat, professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a idade dos fósseis é calculada com base em "métodos de datação, utilizando-se isótopos (átomos de um mesmo elemento químico) de elementos, como, por exemplo, o carbono". Como os isótopos se degradam, perdendo constantemente a radioatividade, em um ritmo conhecido, é possível calcular sua idade a partir dos resíduos de radioatividade.

Cada elemento químico possui uma idade. Conforme Menegat, "o carbono é usado para os fósseis que ainda possuem esse elemento nos ossos, geralmente provenientes de períodos geológicos mais recentes, como os hominídeos". Quando não é possível avaliar a idade do fóssil, procura-se fazer a datação da rocha em que ele foi encontrado. Como cada camada de rocha sedimentar é característica de um período geológico específico, é possível determinar uma cronologia através do estudo de uma determinada quantidade de camadas.

Esses métodos têm um alto grau de exatidão. Quanto mais recente é o fóssil, maior é a precisão de sua idade estimada. Enquanto a análise pelo carbono permite medidas confiáveis de até 100 mil anos, os isótopos de elementos como potássio, argônio e estrôncio, muito utilizados pelos paleontólogos, possibilitam um grau de precisão que alcança muitos milhões de anos. "Para os fósseis mais antigos, há uma margem de erro de cinco mil anos, enquanto os mais recentes têm uma variação permitida de cerca de mil anos", esclarece o professor Rualdo Menegat.

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