segunda-feira, 22 de novembro de 2010

E-mail ameaça cancelar a conta do Gmail para roubar login e senha

Usuários do Gmail receberam uma mensagem maliciosa dizendo que o Google quer “melhorar a qualidade dos serviços excluindo todas as contas inativas”. Para “verificar” sua conta, o usuário precisa clicar em um link e fornecer o usuário e a senha em uma página de login clonada do Gmail.
A mensagem chega com o remetente “Suporte ". Na amostra obtida pelo G1, ela estava com a data segunda-feira (22). Embora mensagens como essa não sejam incomuns, essa conseguiu passar pelo filtro anti-spam do Gmail, mesmo usando um remetente falso do próprio Google.
Quando uma senha e um login são digitados e enviados, a página clonada faz uma “ponte” entre o usuário e o Google. Com isso, a validade da senha é imediatamente verificada. Se o usuário digitar uma senha errada – seja para tentar verificar se a página é falsa ou por um erro de digitação – o site falso conseguirá determinar isso e apresentará um erro.
Quando uma senha correta é apresentada, a página apenas redireciona o usuário para a página principal de buscas do Google.
Criminosos roubam senhas de serviços de e-mail para usar em campanhas de spam. Com um número grande o suficiente de possíveis remetentes, é possível enviar algumas mensagens a partir de cada conta, de tal forma que o Google não perceberá a atividade suspeita, como aconteceria se uma única conta fosse usada para enviar dezenas de milhares de e-mails.

O que queremos do Windows 8

Para o bem ou para o mal, o fato é que neste fim de semana o Windows completou 25 anos -- a primeira versão dele foi lançada dia 20 de novembro de 1985. Se pedíssemos para as pessoas usarem uma palavra para descrever os 25 anos de história do sistema operacional da Microsoft, provavelmente a palavra "conturbada" seria bem popular. E não há mesmo muitas palavras melhores para se usar frente a tal pedido.

Como será o visual do Windows 8? E quando ele chega?
No meio do ano, o mundo teve a primeira chance de ver o que poderia estar nos planos para o Windows 8 quando o site italiano Windowsette.com publicou vários slides de PowerPoint que supostamente seriam internos da Microsoft e teriam vazado. A maioria dos slides terminavam com um disclaimer afirmando que se tratavam de uma "discussão do Windows 8", e não de um plano de ação, mas ainda assim eles dão algumas boas pistas sobre o futuro.
Provavelmente o slide mais intrigante e surpreendente de todos é um que não apenas admite o sucesso de um grande concorrente, como ainda o torna um exemplo. Intitulado "Como a Apple faz: um círculo virtuoso", o slide fala sobre a percepção de uma experiência positiva de uso dos clientes da Apple e exalta a satisfação dos clientes com os seus produtos, e por sua vez a lealdade à marca que isso gera, e os lucros trazidos por essa lealdade.
Outro slide importante, intitulado "Foco: capacidades de hardware", apresenta um protótipo de PC tudo-em-um para argumentar que o formato físico dos sistemas que usam o Windows está evoluindo. Acompanhando esta imagem estão vários bullet points discutindo aspectos diversos, desde login por reconhecimento biométrico (a apresentação depois prevê que "integração com câmera será onipresente até 2012"), controles por voz, display de toque com "com cinco ou mais pontos de contato para melhor amostragem". Prosseguindo, uma seção "Sensores" faz alusão ao suporte de recursos como sensores de proximidade infravermelho, sensores de sleep/wake por proximidade e sensores de luz que automaticamente ajustam o brilho da tela de acordo com a luz ambiente e as condições do local.

O que veremos?

Em vez disso, o que nós -- e todos com quem conversamos -- esperamos ver no Windows 8 é uma mudança de foco, de uma computação baseada no sistema para uma baseada no usuário. Este não será um desafio simples. As implicações de uma mudança assim são massivas, com milhares de possíveis efeitos colaterais. Também esperamos ver melhorias no desempenho e implementação de recursos projetados não apenas para superar a Apple, mas também o Android e o Chrome OS. A relativa estabilidade do Windows 7 deve ser de grande ajuda nesta missão, já que permite à empresa se concentrar em adicionar recursos em vez de consertar bugs. "O Windows está sob ataque de todos os lados, com o iOS e o Android/Chrome o ameaçando", disse um dos nossos fabricantes anônimos. "Ele ainda está com um embalo incrível e não vai deixar isso passar, mas o sistema operacional do futuro precisa ser mais ágil e veloz".
Como sempre, um dos objetivos será diminuir o tempo de boot, e a invasão dos SSDs — que nós apostamos que serão padrão em computadores de preço médio e alto até o fim do ano que vem — ajudará com isso. "Estamos pedindo à Microsoft por tempo de inicialização menor que 30 segundos", nos contou um dos fabricantes. Com a constante evolução de poder da plataforma PC, não ficaremos surpresos de ver o Windows 8 inicializando-se em menos de 20 segundos.
Quase todos os especialistas consultados foram firmes em insistir que o Windows implemente um modo "instant-on" (ligado instantaneamente). Em um mundo ideal, com um sistema estável, o tempo de boot não importaria tanto, já que um modo instant-on é essencialmente o mesmo que acordar de um modo standby. De qualquer forma, o recurso é uma inevitabilidade com todo o esquema de streaming de mídia e acesso remoto que certamente virá em futuras iterações de todos os sistemas operacionais. Atualmente, instabilidades causadas por drivers de display e incompatibilidades continuam atrapalhando os sistemas na hora de acordar. A Microsoft terá que resolver a situação dos drivers de terceiros em nível de código e distribuição. Sem surpresas aqui: veremos modos mais efetivos de certificar e automaticamente distribuir estes drivers.
Vamos também tirar do caminho as outras melhorias inevitáveis. Pedidos universais incluem integração mais profunda com agenda e contatos, além de redes sociais — preferivelmente no nível de desktop, não do navegador ou mesmo de programas. A popularidade do desktop altamente dinâmico do Android também nos faz esperar ver mais (e mais úteis) aplicativos no estilo widget, múltiplas visualizações de área de trabalho que possamos alternar de acordo com contexto e situação e melhorias na barra de tarefas e nas notificações de sistema. Também há, obviamente, espaço para melhorias na resolução de problemas e diagnósticos.
Mas chega de falar de coisas pequenas. Vamos dar uma olhada nas maiores funcionalidades e recursos que esperamos ver no Windows 8.


O que não veremos?

Surpreendendo a ninguém, quando perguntamos ao nosso painel de fabricantes independentes o que eles mais queriam no Windows 8, recebemos uma grande variedade de respostas. Muitos deles elogiaram o Windows 7 por ser estável e rápido. Um dos membros, Kelt Reeves, dono da Falcon Northwest, nos contou que a sua empresa ainda está faturando alto com vendas do Windows 7, tanto que a sua única esperança com o Windows 8 "é que eles não estraguem todo o progresso que fizeram com o Win7!".
Já que parece estar acontecendo um ciclo de dois anos de desenvolvimento, em vez do tradicional ciclo de cinco anos -- mais sobre isso a seguir --, é provável que a Microsoft não vá introduzir nenhuma grande tecnologia fundamental no Windows 8. Dada a estabilidade e confiabilidade do kernel NT que tem servido como fundação para todas as versões recentes do Windows, é improvável que veremos mudanças significativas nele. E graças à satisfação que a implementação da interface Aero trouxe tanto aos fabricantes quanto aos usuários, é improvável que veremos mudanças significativas no esquema de interface, além das melhorias relacionadas com as telas de toque.

Sistema Operacional baseado na nuvem

Nós também já estamos ficando cansados de ouvir falar dessa tal "nuvem" — ela parece ser uma evolução óbvia, e uma que já está por aí por algum tempo —, mas ela será extremamente relevante enquanto a Microsoft está se alterando para uma arquitetura com foco no usuário para o Windows 8. Mas o que isso significa em termos de recursos propriamente ditos? Primeiro: empresas como Dropbox, Carbonite e outras com foco em serviços de armazenamento e backup online devem ficar preocupadas, porque o Windows 8 incluirá suporte ao SkyDrive em nível de Gerenciador de Arquivos, que permitirá salvar e acessar arquivos a partir de qualquer lugar e em qualquer aparelho.

Falando nisso, também veremos uma implementação robusta de toda a suíte Office da Microsoft via Office Live. A grande diferença será o fato de que ela será implementada no próprio sistema operacional. Nós enxergamos a Microsoft cobrando por isso de forma similar ao que acontece no Xbox Live — vários tipos de assinaturas por períodos diferentes darão acesso aos aplicativos do Office Live, assim como sistemas de nuvem, vídeos e filmes, além do mercado de apps do Windows.
Virtualização
Até hoje, o recurso de virtualização nos parece subaproveitado, e esperamos que isso comece a mudar com o Windows 8. É difícil prever agora como isso vai funcionar além de processos virtuais de aplicativos e zonas seguras em quarentena para navegadores e aplicativos. Um dos especialistas que consultamos para esta matéria nos deu uma ideia interessante ao sugerir que a Microsoft implementasse um "modo de alta performance para games que desligasse temporariamente serviços e tarefas desnecessárias com apenas um clique". Concordamos. Nós levamos esta ideia um passo adiante e começamos a contemplar as possibilidades de combinar uma virtualização acelerada por hardware com serviços de jogos baseados na nuvem. Imagine um serviço como o OnLive, que usa virtualização, mas que também ofereça acesso simples e sem latência à camada de hardware do seu PC.
A virtualização também pode ser usada para melhorar a conectividade remota e interoperabilidade entre aparelhos móveis e o Windows. Não é um absurdo imaginar a Microsoft chegando com um aplicativo que tire vantagem da tecnologia VirtualPC da empresa e permita aos usuários conectarem-se e usarem o seu aparelho móvel de forma completa e automática. A virtualização pode ser usada para duplicar e hospedar um ambiente como este, que chamaremos de "Windows Teleporter". Isso seria fácil de conseguir com o Windows Mobile OS, mas obviamente exigiria soluções mais complicadas e conflituosas para funcionar com BlackBerry, Android e iOS.
Armazenamento
O Windows 7 veio com suporte à função Trim, que permite ao sistema operacional se comunicar com um drive de estado sólido sobre quais setores são OK para acúmulo de lixo, e tornou prático o uso dos SSDs para os consumidores. No entanto, o espaço em SSDs ainda é bastante limitado, portanto ele é melhor usado para aplicativos, não documentos. O recurso de bibliotecas do Windows 7 facilitou a configuração de bibliotecas com ligação a drives externos, mas descarregar todos os programas significava mexer com ligações simbólicas para enganar os programas que salvam no C:\ independente de onde estão armazenados. Assim, esperamos que o Windows 8 inclua maior separação entre os aplicativos e os dados (como o Linux) e permita total disassociação entre a partição do sistema operacional e o local de armazenamento de dados e documentos — ou que pelo menos tenho um assistente para mover a pasta Documentos.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ChatTVOnline no Orkut gera roubo de 150 mil senhas

O aplicativo "ChatTVOnline" do Orkut foi responsável pelo golpe que roubou 150 mil senhas de usuários, durante essa semana. O Google promete ajudar pessoas que tiveram seu perfil atacado, além de rever aprovação de aplicativos, após o incidente.

O programa fraudulento funcionava na versão antiga do Orkut e aparecia como opção para assistir TV a cabo gratuitamente. Para isso, pedia que o usuário digitasse login e senha. Assim, era efetivado o roubo de seus dados.

É aconselhável que as pessoas que utilizaram o aplicativo o apaguem, imediatamente, e excluam os cookies do navegador.

domingo, 7 de novembro de 2010

Boom em sites de compra coletiva


Internautas enfrentam problemas na hora de usufruir de produtos e serviços comprados devido ao excesso de procura pelas ofertas

Rio - O mercado de compras coletivas cresce a passos largos. Só no mês de setembro, os adeptos dos sites do tipo Peixe Urbano — que vendem cupons de desconto de até 90% em produtos e serviços — superaram 4,5 milhões de pessoas, segundo a Nielsen-IBOPE. Isso representa um aumento de 25% em relação ao mês anterior. Junto com a procura pelas promoções, cresce também a fila de espera nos salões de beleza, restaurantes, hotéis e estabelecimentos que realizam ofertas pela internet. Com o aumento nas vendas, consumidores têm enfrentado problemas para utilizar seus cupons porque os prestadores de serviço estão com horários cheios — e até mesmo produtos esgotados.

“Comprei duas diárias em um hotel em Búzios no início do mês. Demorei 15 dias para ligar e fazer a reserva e só havia datas disponíveis para junho de 2011”, lamenta a estudante Fabiana Pimenta, 27 anos, usuária assídua de sites como Peixe Urbano, Clube Urbano, e agregadores como o Save Me, que reúnem ofertas de vários em uma única página. A estudante Bianca Ghiggino, 27, também teve contratempos para gastar seu cupom. “Adquiri um desconto no yakissoba de salmão de um restaurante japonês e, quando cheguei lá, não havia o prato. O gerente quis que eu comesse outra coisa, mas não concordei. Como o prazo de uso do cupom expiraria em 7 dias, negociamos e ele acabou ampliando a validade”, conta ela, que acredita ter saído no prejuízo. “Já que fui até lá, paguei por outro prato, mas não comi o que queria”, reclama.

Os sites de compra coletiva afirmam que têm adotado medidas para evitar esse tipo de transtorno. Sabrina Brito, fundadora do Juntou Comprou (juntoucomprou.com) — que em 2 meses de atividade soma 50 mil usuários — faz acordos com os parceiros para saber de antemão o número exato de ofertas disponíveis. “Há uma multa prevista no contrato caso o parceiro não atenda a demanda estipulada”, explica. Já o pioneiro do ramo, Peixe Urbano, que soma 1 milhão de cadastrados, faz treinamento com parceiros. “Orientamos sobre aumento no estoque, e aconselhamos que sejam recrutados mais funcionários”, destaca Letícia Leite, porta-voz do Peixe Urbano.

Os usuários têm apelado para estratégias na hora de garantir vaga. Uma boa dica é conferir com a empresa se a oferta está disponível antes de comprar. “Antes de pagar por um peeling, ligo para o centro estético e já agendo horário”, diz Fabiana.

Reavendo prejuízos

Se as ofertas são tentadoras, as condições de uso nem tanto. A principal recomendação aos adeptos dos sites de compras coletivas é estar atento ao regulamento de cada oferta. “Verifique a validade dos cupons e, se houver restrições ao uso, cheque quais são elas”, aconselha Mariana Alves, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “Quando compra um cupom, o usuário deve estar ciente de que é um tipo de venda diferenciado, em que ele não tem a garantia de horário e data e, na maioria das vezes, está sujeito à disponibilidade de um item ou serviço”, alerta a advogada Polyanna Carlos Silva, do Pro Teste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. Ela afirma que, nos casos de indisponibilidade do serviço/produto escolhido, o consumidor tem o direito de buscar o Procon e ser ressarcido, se desejar, ou negociar com o estabelecimento. E lembra ainda que, mesmo que a culpa seja do estabelecimento, o site também é responsável.”Ele é a plataforma de publicação da informação. Portanto, site e prestador são responsáveis solidários”, explica.

A melhor saída é mesmo utilizar as manhas de quem já conhece a ferramenta. “Só compro cupons com prazo longo”, conta Simone Motta, administradora de empresas. Já Leonardo Reis, analista financeiro, opta por serviços pouco procurados.“Comprei 2 aulas de vela que só tiveram 52 compradores”,diz.

Exposição na Internet

Rio - Especialistas em segurança da informação chegaram a uma conclusão preocupante: quase nenhum internauta tem noção do que a Rede sabe dele. Do “geek” que não passa cinco minutos sem acessar redes sociais até aquele que tem medo de digitar qualquer senha nos navegadores, todos deixam algum tipo de rastro na Internet — as chamadas “pegadas digitais”. Se você acessa a web, então, talvez seja a hora de começar se preocupar com sua privacidade virtual.

Alertada sobre esse problema, a revista americana ‘Newsweek’, uma das mais importantes do mundo, publicou uma lista de dicas para proteger a privacidade e evitar que dados sobre usuários sejam manipulados, vendidos e até replicados para a criação de identidades virtuais falsas. A relação foi divulgada depois de a revista fazer uma experiência com uma de suas repórteres, Jessica Bennet, que consultou três engenheiros ligados a Reputation Defender, empresa americana especializada em segurança na Internet. Com acesso a bases de dados de redes sociais como ‘Facebook’ e ‘LinkedIn’, eles conseguiram informações assustadoras da jornalista.

Em meia hora, o trio já tinha levantado o número do Seguro Social — necessário para documentos importantes nos EUA. Em duas horas, sabiam onde a repórter vivia, seu tipo sanguíneo, cidade de origem e status de saúde. “Isso é assustador, mas é ainda mais assustador pensar que companhias de cartões de crédito e agregadores de informação já estão vendendo este tipo de dados, por centavos, para anunciantes todos os dias. Esse é o tipo de dado que está sendo espalhado quando você baixa aplicativos de terceiros para Facebook”, escreveu Jessica, sugerindo que se evite o download desses programas.

Segundo a revista, é preciso ter cuidado até com aplicativos de celular conectados a serviços de geolocalização. Seja como for, é melhor pensar duas vezes antes de se expor na Rede: “A maioria das pessoas acha que, quando está on- line, está anônima. A verdade é que todo movimento que se faz está sendo coletado para uma base de dados”, definiu o escritor especializado em tecnologia Nicholas Carr.

Os americanos já contam com vários serviços que os ajudam a controlar o excesso de informação que deixam na Rede, administrar sua privacidade on-line e evitar que dados sejam repassados. Um dos mais famosos é o próprio Reputation Defender, que tem serviços pagos e gratuitos.

Mas qualquer internauta pode fazer muito para se proteger sem gastar um tostão. Uma dica é não ser desleixado em relação à manutenção do próprio computador. Manter anti-vírus atualizados e passá-los periodicamente, além de saber o que está na sua máquina e tomar cuidado com o que baixar nunca é demais. Evitar cadastros em lugares não-confiáveis e optar por não ter seus dados compartilhados também.